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Diário de uma overthinker ansiosa

Pequenos e grandes desabafos de alguém que tem um turbo que se acha multitasking na cabeça mas que é apenas meio trapalhão... e que, para ajudar à festa, ainda arranjou uns TOC's...

Pequenos e grandes desabafos de alguém que tem um turbo que se acha multitasking na cabeça mas que é apenas meio trapalhão... e que, para ajudar à festa, ainda arranjou uns TOC's...

Diário de uma overthinker ansiosa

29
Set22

Quando a esmola é demais...

Screenshot_20220814-200521_Gallery.jpg

Não sei quanto a vocês, mas quando um dia me corre minimamente bem, é quando eu fico mais ansiosa. Não sei muito bem porquê, mas parece que fico sempre à espera que algo corra mal. É tipo "hmmm... está tudo a correr tão bem... que desgraça virá aí? Uma perna partida? Vou ser despedida? O fim do mundo está a chegar?"...

É sempre uma felicidade agridoce... feliz por a vida estar (talvez finalmente) a correr bem, mas incapaz de estar a 100%, com medo que isso agoire o momento ou o dia.

É que eu sei que a inveja está sempre à espreita... sorrateira... à espera do momento certo para dizer "estás feliz? Não... se eu não estou feliz, tu também não podes estar! Deixa-me cá arranjar qualquer coisa para acabar com essa felicidade..."!

Enfim... 

A vossa "overthinker".

Tânia

19
Set22

Mais um dia menos bom...

Screenshot_20220814-200521_Gallery.jpg

O sentimento, hoje, é de frustração. 

Tive um ataque de ansiedade à hora de almoço. Porquê? Não sei. Sei que, do nada, tive de respirar fundo várias vezes e fazer um esforço para não chorar. Sorte (ou talvez não) de ter gente em casa, caso contrário teria deixado as lágrimas cair por quanto tempo fosse necessário. 

Mas porque raio agora tenho estes momentos?! Estou tão cansada de ficar ansiosa por coisas mínimas... por ter vontade de chorar por tudo e por nada... por não conseguir descansar a cabeça nem por um bocadinho... exausta mesmo!

Neste momento já estou deitada e, como seria de esperar, as lágrimas começam a surgir. Continuo a não perceber porquê... mas até sinto a garganta a apertar se as tentar segurar.

Gostava tanto de não viver nesta constante montanha-russa... ter uma semana boa, sem altos e baixos... só uma semana... não acho que esteja a pedir muito...

Ou se calhar até estou...

A vossa "overthinker"

Tânia

13
Set22

Solidão...

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Já por aqui referi o meu enorme medo da perda. Na última consulta com o psicólogo, chegámos à conclusão que eu tinha medo do abandono derivado a uns acontecimentos pessoais, acontecimentos esses que eu nunca tinha associado a abandono e até pensava ter bem resolvidos e guardados numa gaveta. Mas pelos vistos estava enganada. 

E isso deu-me um abanão de que eu não estava à espera. Sempre achei que eu é que era demasiado carente e sentia tudo demasiado intensamente. Agora percebo que nem é bem medo de abandono... é mesmo medo de acabar os meus dias sozinha. E é imagem que, desde então, não me sai da cabeça e me faz ter ainda mais medo de perder as minhas pessoas.

Nos dias que correm, eu até gosto do meu tempo a sós comigo mesma, de estar sozinha com os meus pensamentos... mas quando vejo "mais além", e vejo que a possibilidade de vir a ser uma daquelas pessoas que vivem sozinhas, sem filhos ou companheiros, é grande... isso assusta-me... deixa-me ansiosa... com um nó na garganta... e com vontade de chorar. 

Podia dizer que esse destino ou um diferente só depende de mim, mas isso não é verdade... pelo menos em parte. 

É... é mais uma das contradições da minha cabeça. Como é possível gostar de estar sozinha, mas ter muito medo de acabar os meus dias sozinha? Gostar de estar sossegada no meu canto, mas querer companhia para estar nesse canto? Mesmo que estivéssemos que nada disséssemos...!

Sabia que, eventualmente, iria ter de mexer nesta coisa chamada "sentimentos" numa das consultas de psicologia... não estava era à espera que custasse tanto.

Não se adivinham dias fáceis, com estes pensamentos sempre presentes, mas quero acreditar que sairei desta fase mais fortalecida.

A vossa "overthinker"

Tânia

04
Set22

O medo de perder... again...

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Nos últimos dias, o medo de perder as "minhas pessoas" tem andado ao rubro. Não sei explicar porquê, mas esta sensação de aperto não me tem largado. Sei que estão todos bem e a viver a vida deles, mas... não sei... é aquele medo de que se tenham cansado de me aturar... que tenham desistido de mim. 

Bem sei que nada é eterno, mas eu gostava que as "minhas pessoas" o fossem. Já não digo viver eternamente... mas que não me abandonassem. E que tivessem um pouco de paciência para os meus dias menos bons... aqueles em que mais preciso delas.

É que chega a dar vontade de chorar, este medo... 

Deviam de ser umas férias para relaxar, mas não está fácil. Como digo ao meu cérebro que "estamos" de férias... que ele pode descansar e não andar a mil? Alguém me sabe dizer?

A vossa "overthinker".

Tânia

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