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Já por aqui referi o meu enorme medo da perda. Na última consulta com o psicólogo, chegámos à conclusão que eu tinha medo do abandono derivado a uns acontecimentos pessoais, acontecimentos esses que eu nunca tinha associado a abandono e até pensava ter bem resolvidos e guardados numa gaveta. Mas pelos vistos estava enganada.
E isso deu-me um abanão de que eu não estava à espera. Sempre achei que eu é que era demasiado carente e sentia tudo demasiado intensamente. Agora percebo que nem é bem medo de abandono... é mesmo medo de acabar os meus dias sozinha. E é imagem que, desde então, não me sai da cabeça e me faz ter ainda mais medo de perder as minhas pessoas.
Nos dias que correm, eu até gosto do meu tempo a sós comigo mesma, de estar sozinha com os meus pensamentos... mas quando vejo "mais além", e vejo que a possibilidade de vir a ser uma daquelas pessoas que vivem sozinhas, sem filhos ou companheiros, é grande... isso assusta-me... deixa-me ansiosa... com um nó na garganta... e com vontade de chorar.
Podia dizer que esse destino ou um diferente só depende de mim, mas isso não é verdade... pelo menos em parte.
É... é mais uma das contradições da minha cabeça. Como é possível gostar de estar sozinha, mas ter muito medo de acabar os meus dias sozinha? Gostar de estar sossegada no meu canto, mas querer companhia para estar nesse canto? Mesmo que estivéssemos que nada disséssemos...!
Sabia que, eventualmente, iria ter de mexer nesta coisa chamada "sentimentos" numa das consultas de psicologia... não estava era à espera que custasse tanto.
Não se adivinham dias fáceis, com estes pensamentos sempre presentes, mas quero acreditar que sairei desta fase mais fortalecida.
A vossa "overthinker"
Tânia